quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crítica: O Mensageiro (The Messenger, 2009)

Por:Dimitri Yuri

"O Mensageiro" é o tipo de filme que não necessariamente depende no roteiro (Apesar de importar muito), o problema é que o esse tipo de história necessita de uma atuações espetaculares, para ter o impacto necessário. E é com alívio que eu digo que eles acertaram em cheio.

O filme conta a história do herói de guerra, Sgt.Will Montgomery (Foster), que voltou da guerra para tratar de graves ferimentos sofridos quando uma bomba caseira explodiu a curta distância. Após sua recuperação, o exército o inscreve no setor de notificação de vítimas, que consiste em dar a notícia para os parentes de vítimas, que os seus filhos morreram na guerra. Seu instrutor é o disciplinado Cpt. Tony Stone(Harrelson), que já é veterano nesse setor. Ele ensina todos os procedimentos do melhor jeito dar as notícias, mas Will não sabia que ele teria que fazer um esforço maior do que na guerra, o esforço psicológico de ver pais de vítimas revoltados, e muitas vezes jogando a culpa nos “Mensageiros”.


Quando eu ouvi sobre esse filme, pensei: "Um filme sobre dois militares que dizem aos pais dos soldados que seu filho foi morto em batalha... É, provavelmente muito bom!", Então ouvi dizer que Ben Foster e Woody Harrelson são os atores principais, e pensei: "Ok, eu tenho que ver esse filme". Então eu fui vê-lo com altas expectativas, e não me decepcionou, ele promete um bom roteiro, e entrega, com uma esplêndidas atuações (até as pequenas pontas são sensacionais). A direção contida de Oren Moverman, e o especto quase documental da produção só contribuem à realidade necessária para retratar esse assunto.

Este filme não precisa nem de um começo, um meio e um fim, se ele ficasse o filme inteiro só mostrando como diferentes famílias reagem ao anúncio de que alguém tenha morrido. Algumas pessoas simplesmente enlouquecem, alguns seguram suas lágrimas para confortar outras pessoa que podem não ter a mesma capacidade. E fica melhor ainda com o seu grande elenco de apoio (que inclui Steve Buscemi), que fez tudo parecer tão real e impactante.

Mas o filme não é apenas o que eles fazem, é como eles fazem, é um pouco de Montgomery e tone, e como o trabalho afeta suas vidas pessoais (isso me lembrou de “Vivendo no Limite” de Martin Scorsese). O desempenho Harrelson, exatamente como eu esperava, é fascinante, ele faz seu personagem tão forte e vulnerável ao mesmo tempo, que só me fascina (mesmo que o desempenho Christoph Waltz em "Bastardos Inglórios" seja incrível, acho que Harrelson merecia o Oscar) . E só dou 4 estrelas, porque o romance entre Montgomery e Kelly não é muito convincente, e até mesmo chato às vezes.

Veredicto: Sem dar nenhum estúpido discurso político (quase obrigatório atualmente na industri do cinema. Ainda mais sobre guerra) e com um excelente desempenho de todo o seu elenco, "O Mensageiro" é uma grande experiência.

Nota:4/5

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