segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crítica: Os Homens Que Encaravam Cabras (The Men Who Stare At Goats, 2009)

Por:Dimitri Yuri

Esse filme é completamente controverso em quase todos os seus aspectos: as mensagens políticas, os personagem etc. Possui o mesmo número de seqüências boas quanto ruins. E mesmo começando bem, do meio pro final ele desanda, e a maioria das piadas não colam. Portanto 50% cabe perfeitamente pra essa nota.

É a história de Bob Wilton (McGregor),um repórter tentando perder-se na aventura da guerra para tentar esquecer do fato de que sua mulher o largou pelo editor do jornal. Mas ele ganha mais do que ele pede quando conhece um agente das forças especiais, Lyn (Clooney), que revela a existência de um segredo militar, uma força especial psíquica (os "Jedis"), cujo objetivo é acabar com a guerra como nós a conhecemos (Envolvendo armas). O verdadeiro fundador dessa unidade (Jeff Bridges) desapareceu, e um ex-aluno (Inimigo de Clooney) entá distorcendo os princípios para sevir os seus próprios desejos. Bob e Lyn começam a investigar o que realmente ocorreu, mas o reporter começa a desconfiar de que Lyn está completamente louco.


O início foi promissor, embora a primeira cena, que era para ser engraçada, não foi assim tão boa (Stephen Lang dando de cara na parede). Parecia que o filme iria fazer grandes declarações de conduta em tempos de guerra (como quando Lyn está dizendo à Bob que ele pode fazer o inimigo parar de atacá-los apenas por mandá-los parar e toda aquela coisa de Paz e Amor, e termina com ele dizendo para apunhalar o cara com uma caneta), mas o filme se transforma, e começar a fazer declarações anti-guerra, com uma história que nem sequer é crível, e embora se diga real, é apenas para fazer você acreditar que é verdadeira, quando ela não pode nem ser "baseado em uma história verídica" (como em "O Massacre da Serra Elétrica", que é baseado em Ed Gein, que não tinha nada a ver com o enredo do filme). Se você quiser falar sobre tal assunto controverso, você tem que, pelo menos, fazer uma história plausível. E considerando que é um filme de comédia, eu não ri muito, com exceção de uma das últimas cenas (hilária).

A direção do estreante Grant Heslov é confusa em sua maior parte, principalmente nos tiroteios, pois você não sabe onde ninguém está. No final, só conseguimos ver pessoas atirando para qualquer lugar (tá certo que a guerra é um caos, mas isso não fica bem em filme). E até o enredo se confunde, às vezes, tirando você do filme de dez em dez minutos. Mostra também a imaturidade de um diretor estreante, que pega um roteiro complicado (você até pode entender o enredo, mas provavelmente perdará alguns detalhes no caminho, porém nem se preocupe em rever, pois não vale à pena). A cinematografia fica nas mãos do bom Robert Elswit, que já foi diretor de fotografia de grandes filmes, como "Magnolia" e "Sangue Negro", mas também fez "Gigli", um dos piores filmes já feito. No geral, o seu trabalho é bom.

A atuação é provavelmente a melhor coisa sobre o filme, com exceção de Mcgregor (que só é bom) todo o elenco é excelente, especialmente Spacey, Clooney, Bridges (claro!) que são hilariantemente cartunescos. Responsáveis pelos melhores momentos do filme, os alívios cômicos (os únicos que funcionam são os que esses três atores estão) e, no final, eles serão a única coisa que você lembrará sobre o filme (e a sequencia do quartel, em que todo mundo surta).

Veredicto: se você não tiver um melhor filme para assistir, assista a este por causa de algumas grandes cenas, mas, no geral, o filme é uma bagunça controversa, com uma direção confusa e idéias partidas.

Nota:2.5/5

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