quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Fui ao cinema com meus amigos para ver este filme. Eu queria assistir "Coração Louco", mas não, eu fui forçado à assistir essa besteira, que é o filme de Chris Columbus baseado no livro de Rick Riordan. Agora, como pode uma pessoa fazer um trabalho ruim como esse, tendo a vasta mitologia grega como base, é algo que a minha mente não consegue calcular (é só tomar como exemplo o recente “Fúria de Titãs”, em que as referências mitológicas são o quê salvam o filme). O diretor fez algo difícil, difícil de assistir!

Percy Jackson leva uma vida normal, até que descobre não só que é o filho de Poseidon (Kevin McKidd), mas que está sendo acusado por Zeus (Sean Bean) de roubar seu raio. Após passar por um treinamento no acampamento dos semi-deuses, ele, um sátiro e a filha de Atena, partem em uma busca para descobrir quem roubou o “Raio de Zeus”.


Logo no início, vemos uma sequencia de Zeus conversando com Poseidon, que mais parece uma peça de teatro do que um filme (eles falam epicamente, coisas que uma criança falaria). E então somos apresentados a Percy Jackson que misteriosamente pode ficar sete minutos debaixo d'água, e tem dislexia. Vamos pular para sequencia em que ele finalmente descobre que há algo errado com ele, quando a sua professora se transforma em uma coisa alada gigante, feita com um péssimo CGI e descobrimos que ele é filho de Poseidon, que seu melhor amigo é um sátiro que está lá para protegê-lo, e ele esconde as pernas de cabra com calça jeans, sapatos e uma muleta (Pelo amor de Deus!). E que Zeus o está acusando de ter roubado seu raio.

Então ele vai para este campo, onde só há Semi-deuses e treinam para ser grandes guerreiros, e vemos aquelas longas cenas de treinamento com espada, em que você nunca sabe se é só um treino, porque se é só pra ser uma "brincadeira", os movimentos pareciam muito rápidos e reais. Isso não é muito perigoso? Porque essa técnica grega antiga me parece um pouco estúpida, pois você pode matar futuros grandes guerreiros antes da primeira semana de treinamento acabar. Então por aí (primeira meia-hora de filme) já podemos ver que o roteiro é repleto de falhas.

Uma Thurman interpretando Medusa é pra dar risada, sinceramente. Ora, ela parece mais uma prostituta de luxo do que uma criatura mitológica. E essa visão de Columbus de ver essa suposta besta, com casaco do couro, e um óculos Ray-Ban não colou bem no filme. A atuação também não é boa, apesar de Logan Lerman ser bom como Percy. Pierce Brosnan está muito estranho em seu papel, que parece ter sido escrito para outra pessoa (Liam Neeson se encaixaria bem). Jake Abel é horroroso, parece que nem passou por uma escola de atuação, e nunca parece real. O resto "não fede nem cheira"...

Outra coisa ruim, No final, vemos que a mãe de Percy foi, durante todo esse tempo, casada com um idiota, porque o seu cheiro de cerveja ajudava à repelir o cheiro de sangue semi-deus de Percy, e os deuses não iriam encontrá-lo (Será que eles realmente queriam que eu caísse nesta?). Muito poderosos esses deuses, que não conseguem sentir o cheiro do próprio filho pois está disfarçado por um homem fedido à álcool (Joe Pantoliano).

Veredicto: Chris Columbus fez a façanha de destruir um filme que tem a mitologia grega em sua base, que vergonha! Esse filme só merece 1 estrela porque tem "Highway to Hell" na trilha sonora.

Nota:1/5

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