terça-feira, 11 de maio de 2010

Crítica: Se7en: Os Sete Crimes Capitais (Se7en, 1995)

Por:Dimitri Yuri

Eu sempre fico animado para ver filmes de serial killer, é um gênero muito divertido e complexo, que sempre ganha a minha atenção. Mas esse gênero atualmente não tem nos dado grandes exemplares (com a excessão de "Jogos Mortais" e "Zodiaco" do próprio David Fincher). E é por isso que nós temos que voltar um pouquinho para achar os melhores ("O Silêncio dos Inocentes" e o filme em questão).

Somerset(Freeman) é um experiente detetive que está a apenas duas semanas de se aposentar (o que é um pouco cliché, mas da pra passar), e que está cada vez mais cansado de seu trabalho. Até que ele conhece o jovem detetive David Mills(Pitt), que é cheio de energia e entusiasmo (o contrário do velho Somerset). Eles começam a investigar uma série de assassinatos, que eles deduzem ser cometidos pelo mesmo maníaco. Eles começam a perceber que as vítimas estão relacionadas ao sete pecados capitais.

Em sua primeira sequencia somos apresentados à William Somerset, um detetive de idade e tranquilo que está indignado por causa de como decadente e violenta sua cidade se tornou. Agora, deixe-me dizer que o único erro do filme: é que ele tenta dizer-nos como a humanidade tornou-se sem esperança e o quão desencorajante é o nosso futuro. Mas não é verdade, é tão falso, que eles nunca mencionam o nome da cidade em que vivem, se é Nova Yorke, eles teriam que mostrar o charme "Nova Yorquino", se eles estavam falando de Los Angeles, eles esqueceram de mostrar todo o glamour californiano. O que parece mais com a cidade do filme é Las Vegas, mas novamente, eles teriam que mostrar a parte rica dela. Simplesmente não há uma cidade tão decadente quanto aquela, o que enfraquece demais o argumento do filme (mas o fato de Pitt ser contra essa ideia que é apresentada por Somerset, alivia um pouco).

Agora vamos falar sobre as partes boas, e não são poucas. Cada coisa neste filme está muito bem explicada, o que pode tirar o impacto do final de alguns filmes, mas funciona muito bem neste aqui, porque isso faz você querer, não apenas o desfecho da história, mas cada cena que você está assistindo. Ele pega você de uma maneira que merece aplausos, ele motiva você a entrar no lugar dos detetives e tentar desvendar o caso, como nenhum filme já conseguiu, simplesmente maravilhoso. O suspense e antecipação são tão bem utilizadas, que se iguala ao filmes mais tensos da história.

As atuações não são brilhantes (exceto pela de Spacey, que dá ao personagem um ar de superioridade e serenidade que fazem ele parecer que está com a razão, mesmo falando as maiores atrocidades) mas são todas boas, Brad Pitt e Morgan Freeman formam uma dupla carismática, mesmo sendo muito diferentes um do outro. E a quimica entre os dois atores flúi naturalmente e lenta, bem plausível considerando que eles acabaram de se conhecer. Gwyneth Paltrow faz a doce mulher de Det. Mills, e justifica o amor que ele sente por ela.

Se o filme não tivesse um final já seria ótimo, mas não contente com isso, Andrew Kevin Walker e David Fincher fizeram um dos finais mais chocantes da história, a imagem queima tão profundamente na minha mente, que quando me lembro , me dá arrepios até hoje (E vocês sentirão o mesmo). Mesmo que seja esperado para alguns, a antecipação criada (uma das técnicas de roteiro mais importantes para dar tensão) pelo acontecimento, te prende muito na cadeira. Um climax do terceiro ato digno de um filme bom como esse.

Veredicto: O escuridão, a carnificina e a complexidade desse filme irão permanecer em sua memória para sempre... Está entre os melhores filmes do gênero. Agora, pare o que você está fazendo, e vá ver este!

Nota:4.5/5

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