terça-feira, 18 de maio de 2010

Crítica: A Lista de Schindler (Schindler`s List, 1993)

Por: Dimitri Yuri

"A Lista de Schindler" é o tipo de filme que, por causa de sua precisão histórica, poderia ser usado como um documentário. Por outro lado, também nos oferece uma história profunda e grandes performances de todo o seu elenco, principalmente a de Liam Neeson (que está entre as melhores de todos os tempos). E ainda tem o talento de Spielberg, colocando tudo acessível com uma tremenda elegância.

O filme conta a história de Oskar Schindler (Neeson), um vaidoso, glorioso e ganancioso empresário alemão que acaba se tornando um humanitário no período nazista da Alemanha, quando ele se sente obrigado a transformar sua fábrica em um refúgio para os judeus. O roteiro é baseado na história verídica de Oskar Schindler, que conseguiu salvar cerca de 1100 judeus de serem gaseados nos campos de concentração de Auschwitz.



Steven Spielberg tem um talento técnico como quase ninguém tem. Seus quadros são tão elegantes e objetivos que você sabe o que está acontecendo e onde está acontecendo (na última batalha de "O Resgate do Soldado Ryan", você pode perceber isso melhor), fazendo-nos sentir dentro do filme. Os massacres e cenas de assassinato são angustiantes porque parece que estão acontecendo com você. Já a idéia de fazer este filme em preto e branco dá um tom de realidade muito peculiar, dando a impressão de que o filme foi filmado durante a Segunda Guerra Mundial.

A trama, além de nos dar uma aula de história, mostra a incrível trajetória de Oskar Schindler - cuja personalidade transforma-se provavelmente na melhor coisa do filme - e é alimentada pelo desempenho extraordinário de Liam Neeson, que é simplesmente um dos melhores. Há também outros grandes personagens, como Stern(Kingsley), fazendo o inteligente e calmo judeu e Fiennes, como "Goeth", o alemão obcecado com o poder (embora tenha achado que seu sadismo foi exagerado em alguns momentos, como quando ele acorda e atira em um judeu com um rifle, apenas para se divertir) faz sua melhor performance até hoje. E a construção dos personagens foi algo muito bem feito, o que torna o final ainda mais poderoso, sendo uma das cenas mais comoventes da história do cinema.

O roteiro é muito bom também, pois estabelece o caráter de seus personagens desde o início e nos mostra claramente suas mudanças conforme a história de desenrola (você vê pelo menos três "Character Studies" excelentes no filme), seja por diálogos bem trabalhados ou por cenas de desgraça e agonia que, afinal, esse filme mostra como nenhum outro. No geral, é bem contido tanto no que diz respeito à direção quanto à atuação, tudo em nome da sensação de autenticidade que o filme tenta passar.

Veredicto: o melhor trabalho de Spielberg depois de "Tubarão" e "O Resgate do Soldade Ryan", com uma história comovente e precisa e um desempenho fascinante por Liam Neeson. Se não for o melhor, este filme é simplesmente um dos melhores filmes de holocausto já feitos.

Nota:4.5/5

Crítica: O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)

Por:Dimitri Yuri

Pelo fato desse filme ter algumas das melhores performances de história, uma direção impecável, um roteiro inteligente e uma excelente trilha sonora, ele é mais do que bom, mais do que ótimo, é a perfeição em todos os sentidos. Quando vi pela primeira vez este filme, eu tinha 10 anos e eu não aguentei nem a primeira meia-hora, e agora eu adoro ele, então seja paciente. Assista ele prestando atenção em todos os detalhes (ele foi feito pra isso), aí ele se tornará inesquecível.

Vito Corleone (Marlon Brando), é o Don (Chefe) da família Corleone, uma das mais famosas da máfia de Nova York. Seu trabalho é principalmente conversar com seus amigos quando eles precisam de favores, e ver se é confiável realiza-lo (e assim, quando futuramente a família precisar de favores, essas pessoa poderão retribuir). Mas quando o negócio de narcóticos se torna popular entre a famílias de Nova York, Don Corleone se recusa a oferecer ajuda policial e de políticos para a entrada das drogas na cidade. Isso causa revolta entre os outros Dons e Vito sofre um atentado, ficando em estado grave no hospital. Isso faz com que seu filho Michael (Pacino), que não queria envolvimento nos negócios do pai, começe a cuidar de alguns assuntos da família (principalmente porque está com raiva do que fizeram com seu pai).


Todo mundo diz que o filme acerta tudo em cheio, e é verdade. Este filme segue um ritmo narrativo que é impecável, nunca cai, e isso acontece porque todo o filme já tem um ritmo um pouco lento (que Coppola nunca deixa ficar chato. Isso pode ser notado melhor em "O Poderoso Chefão: Parte II", que tem três horas e quarenta de duração e passa muito rápido). Ele tem algumas cenas bem tensas (como a cena em que Michael está mudando o quarto de seu pai no hospital), e mesmo algumas engraçada (quando Michael está na Sicília, conversando com um homem sobre aquela garota que ele conheceu, e o rapaz descobre que ela filha de sujeito). E o filme acerta em todos esses momentos.

O roteiro feito por Mario Puzo (o mesmo que escreveu o livro) é um dos melhores já feitos. Desenvolve a seus personagem tão bem, que quase todo mundo está aprendendo alguma coisa durante a história. E, claro, dá-nos citações memoráveis como o clássico "Eu vou fazer-lhe uma oferta que ele não pode recusar!" ou "Eu sou um homem superticioso!". Fora que todos os dialogos são muito bem feitos e fluem com perfeição. A trilha sonora de Nino Rota é brilhante, e você pode perceber direto na primeira cena (a música tema desse filme é até hoje um clássico de dar arrepios, até o Slash já gravou uma versão dessa obra prima). A cinematografia por Gordon Willis é um exemplo de como elas devem ser feitas, simplesmente perfeita.

As atuações são igualmente impressionantes (só ver que naquele ano, além de Brando, que ganhou o oscar de melhor ator, três atores foram indicados para "Melhor Ator Cuadjuvante"), mesmo Pacino que não costuma me surpreender, como todo mundo diz (não que ele é um ator ruim, ele é bom, mas eu prefiro performances contidas e calmas), me impressionou muito, ele é tão frio e parece tão pensativo, fazendo as suas mudanças realistas e bem elaboradas. Brando dá um dos melhores desempenhos que o mundo já viu, e considerando que ele tinha 48 anos quando este filme foi lançado, ele me convenceu de que era um homem doente, velho (algo que Pacino não fez muito bem em "O Poderoso Chefão: Parte III "). E observe a cena onde Hagen (Duvall) conta a ele sobre Sonny (Caan), e você verá o que quero dizer quando falo que é uma das melhores de todos os tempos.

Veredicto: Um monte de gente, inclusive eu, dizem que é o melhor filme já feito, então eles provavelmente têm uma boa razão para dizer isso. Prioridade para qualquer um que gosta de bons filmes.

Nota:5/5 (Claro!)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Crítica: O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010)

Por:Dimitri Yuri

Esse filme tem uma mensagem bíblica envolvida nele, e influencia diretamente o enredo da história. Então se você não gosta desse tipo de coisa, porque você simplesmente não acredita em nada disso, essa não é a melhor escolha de filme, e você vai ficar desapontado (apesar de adimirar suas atuações, cenas de ação e visual em geral). Mas agora se você gosta desse tema, aí sim, terá uma boa experiência.

Eli (Denzel Washington) está caminhando à mais de trinta anos, atravessando os Estados Unidos da América em um mundo pós-apocaliptico, pois uma guerra cataclísmica devastou a humanidade, e só poucos sobreviveram. Ele é guiado por uma força superior, e seu objetivo é levar a última cópia de um livro (a bíblia) à costa oeste, para pregar suas mensagens. Mas Carnegie (Gary Oldman), o "chefe" de uma "cidade" (muito parecida com as do velho oeste), quer o livro, pois como sabe o seu poder, quer usa-lo para o seu próprio benefício.


A cinematografia do filme é extremamente bem feita, e tem algumas grandes cenas, como a primeira luta expetacular (onde vemos apenas as silhuetas de Eli e dos ladrões), ou quando Carnegie abre o livro pela primeira vez, e vemos como funciona o cadeado, dando aquele clima de mistério (o que lembra-me do "O Quarto do Pânico" de David Fincher). Mas algumas cenas são desnecessárias, como a primeira sequencia onde o arco divide a poeira, que não tem motivo, senão estético, e não diz nada para o filme. A direção dos irmãos Hughes é muito estilosan (o que, nesse caso, não acrescenta muita coisa) e às vezes elegante. Percebemos isso vendo que ele não se preocuparam muito em explicar o que realmente aconteceu com o mundo, e nos pouparam de longas cenas (o que importa é que teve uma guerra e o mundo acabou, pronto), e, mesmo que sem querer, deu um mistério à história.

A atuação é excelente, o que é quase uma redundância considerando que os personagens principais são interpretados por Denzel Washington e Gary Oldman. Mas houveram algumas surpresas, como a breve aparição do velho casal Martha (de la Tour) e George (Gambon), que, apesar de parecer que eles estavam lá para nada , foi bom apenas para ter cenas engraçadas, como quando alguém pergunta Martha o que eles iam fazer, e ela responde "I know what the @#$% I am doing!", que é bem inesperado, vindo de uma velhinha de mais de oitenta anos (mas é um recurso comum do roteiro para chocar o espectador, não é novidade).

Embora o filme tenha algumas lindas cenas, como a que Eli lê o livro para Solara (Mila Kunis), ele também usa muitos cliches, como "pense nos outros antes de pensar em si mesmo!" (é claro que está certo, mas parece que os roteiristas não se preocuparam em escrever uma nova boa mensagem, ao invés disso viram uma que deu certo em outros filme, e copiaram). Os diálogos não são sensacionais, mas estão longe de serem ruins, possuem algumas grandes citações da Bíblia (Duuuhhh!), e são nessas cenas que o filme te causa arrepios (e até quem não acredita admirará essas lindas frases).

Veredicto: Fuja se você não gosta de mensagens bíblicas, mas se você gostar, você não vai ficar desapontado.

Nota:3.5/5

Crítica: Onde os Fracos Não Tem Vez (No Country for Old Men, 2007)

Por:Dimitri Yuri

Muitos concordam comigo que os irmãos Coen são um dos melhores diretores ainda trabalhando (É difícil dizer, entre eles, Mel Gibson, Christopher Nolan, Scorsese e mais alguns, quem é o melhor) . E nesse filme eles provam que são mestres em um bom suspense, tornando a experiência tão tensa e inesquecível, que já vira um exemplar de film noir, e esconde um pouco dos erros no roteiro. E ainda com atuações que te deixam de boca aberta, ele é merecedor de 5 estrelas.

Llewelyn Moss(Brolin) tem uma vida difícil e sua situação financeira não é das melhores. Mas a situação parece que melhorará, pois ele acha uma maleta com dois milhões de dólares em uma suposta negociação de drogas que deu errado e todos morreram. O problema é que há mais um sujeito atrás desse dinheiro, seu nome é Anton Chigurh(Bardem), um psicopata que mata pessoas só por entrarem em seu caminho. Enquanto esse jogo de gato e rato acontece, Ed Tom (Lee Jones), um Xerife prestes a se aposentar, investiga a série de assassinatos de Chigurh deixa em seu caminho, indignado com tudo o que vê.


A atuação é indiscutivelmente fantástica. Desde Bardem, que mereceu o Oscar (e é realmente o melhor desempenho no filme), até Gene Jones, que é o dono do posto de gasolina (aquele que está na cena do cara ou coroa, que tanto Chigurh quanto ele, sabe que é mais do que uma simples brincadeira). Ou Woody Harrelson (fantástico), interpretando um investigador carismático, que presta atenção aos mínimos detalhes. E Tommy Lee Jones, como o Xerife Ed Tom, constantemente sofrendo de toda desgraça que está vendo (lembrou-me do personagem de Morgan Freeman em "Se7en").

Eu não conheço ninguém atualmente que consiga criar tensão como os irmãos Coen, desde seu primeiro filme "Gosto de Sangue" eles já conseguiam contruir peculiares Climaxes com sons de passos na madeira, uma iluminação bem fraca, e closes nos protagonistas. Nesse eles melhoram suas técnicas e criam uma bem trabalhada atmosfera, que puxa você pra dentro do filme, fazendo você pensar o quê faria naquela dada situação. O seu senso deles de construir aquela idéia de anos oitenta é muito bem concebida em seu figurino, cenário e vocabulário. E claro, conseguem tirar grandes performances de todo seu elenco.

O filme tem brilhantes diálogos (nem tem como citar um só), e é bem complexo também, o que dá gosto de assistir. Os erros de roteiro que me referi no primeiro parágrafo é que, se por vezes, eles usam Chigurh para mostrar como vergonhoso e decadente nosso mundo se tornou, em outras ocasiões eles discutem a autenticidade do caso, e como ele é um sujeito peculiar. Por isso é um pouco controverso, mas como eu disse, isso não pára este filme de merecer a nota máxima. E enquanto algumas pessoas disseram que o acidente no final do filme foi inútil, eu acho que estava lá para nos mostrar que, mesmo um assassino psicopata inteligente e meticuloso, está sujeito a imprevistos, e é vulnerável a acidentes.

Veredicto: Isso é mais uma prova de que os irmão Coen são diretores muito talentosos, nos dando uma obra-prima de film noir.

Nota:4.5/5

Crítica: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, 2001)

Por: Dimitri Yuri

"O Fabuloso De Amelie Poulain" é provavelmente um dos melhores filmes atuais não- Hollywoodianos que eu já vi. É quase tão bom quanto "Cidade de Deus", apesar de "Tropa de Elite ser bem melhor (mas claro que não se compara aos filmes de Bergman ou Kurosawa por exemplo). Sua direção é muito divertida, estilosa, e criativa. Seu roteiro é cativante, e suas atuações igualmente amáveis.

Amelie (Tantou) é uma mulher inocente, que vive no seu próprio mundinho. Mas quando ela acha uma caixa de lembranças do antigo ocupante do seu apartamento, ela parte em uma busca para achar o dono e entrega-lo a caixa. Então ela começa a criar um gosto por ajudar as pessoas, como um hobby, e arma planos para ajudar de algum modo, as pessoas que estão em volta dela. Amelie também começa a gostar de Nino (Mathieu Kassovitz), mas eles nunca se encontram, pois ela sempre está bolando truques para descobrir mais sobre ele, sem conhece-lo pessoalmente.


Logo no início você já percebe que está vendo algo diferente. Eles contam muitas coisas em um pouco espaço de tempo, e fica muito corrido, mas não deixa de ser fabuloso, pois a direção muito inteligente de Jean-Pierre Jeunet não deixa passar nada, e nós absorvemos tudo que o filme tenta nos mostrar (ele usa o Voice-Over com bastante objetividade). A fotografia também é sensacional. Suas escolhas de iluminação dão um toque muito peculiar, e marcam tanto você, que você percebe claramente uma diferença entre esse filme e os outros, mesmo que seja só nas luzes e cores.

O enredo é muito divertido (é o famoso feel good movie). Ver os planos e truques de Amelie, é incrivelmente divertido e engraçado. Você realmente não precisa se preocupar com a mensagem que ele tenta te passar (embora ela seja muito boa), o filme só faz você se sentir feliz. E se em "Beleza Americana" eles nos dizem que há tanta beleza no mundo, em "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" eles jogar essa beleza em nós, e nos encantam com sua simplicidade (como no início onde vemos que diferentes pessoas gostam de fazer, tipo jogar pedras no lago e etc).

A atuações também são todas fantasticas, todos os personagens são muito carismáticos e nenhum deles é uni-dimensional. Audrey Tautou merece destaque, ela é muito feliz, mas quando ela tem que ser emocional (como quando ela vê que o gato está fazendo o ruído, e pensa que é Nino) ela acerta em cheio, nos deixa emocionados. Sem falar que ela tem um carisma tremendo. Mathieu Kassovitz tambem faz bonito, apresentando uma boa química com Tantou.

Veredicto: Este elegante, bem atuado, elegantemente dirigido filme estrangeiro não deve, por qualquer motivo, ser desperdiçado.

Nota:4/5

domingo, 16 de maio de 2010

Crítica: A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, 1967)

Por: Dimitri Yuri

É difícil encontrar comédias românticas tão boas quanto essa aqui hoje em dia, talvez porque eles já exploraram muito esse formato, de modo que não tenha como inovar. Mas se você gosta desse gênero, esse é um filme necessário (porque é um dos melhores que ele tem à oferecer). Com um incrível desempenho de Dustin Hoffman, excelente trilha sonora e um enredo divertido e honesto, este filme tem algo a mais.

Ben (Hoffman) acabou de se formar na faculdade, e espera um grande futuro. Mas em sua festa de boas vindas ele conhece a senhora Robinson(Bancroft), mulher do colega de trabalho de seu pai, que o faz leva-la para casa e lá tenta seduzi-lo. Nada acontece naquela noite, mas depois Ben marca um encontro e eles viram amantes. O problema maior vem quando Ben começa a se apaixonar por Elaine (Ross), filha da senhora Robinson.

Alguns elementos do filme pode parecer clichês, mas nós só pensamos desta forma, porque o vemos em quase todas as comédias românticas. O negócio é que todos esses novos filmes foram inspirados por este aqui, o que faz dele um clássico, e não deve ser desperdiçado por qualquer cinéfilo. No geral o roteiro é muito bem trabalhado. Inova bastante (como o efeito video-clipe que foi inaugurado com esse filme), e nunca deixa você cansado. Sem falar que o romance é muito bonito.

A performance de Hoffman é impressionante, a sua passagem de um imaturo, digamos adolescente, para um adulto de verdade, é muito bem escrita, mas não seria tão boa sem sua atuação. O elenco de apoio, apesar de não brilhar como Dustin, é muito bem colocado. As cenas em que as pessoas reagem de forma exagerada são, provavelmente, as cenas mais engraçadas do filme (como quando Ben da a grande notícia para sua mãe), é muito inesperado e divertido.

A direção é por conta de Mike Nichol (que fez o recente "Jogos de Poder" e o clássico "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?"), responsável por grandes filmes. Então nós não decepcionamos com a direção, que impulsiona as piadas nas horas certas, e nos comove quando necessário. Sem falar que tira performances magníficas de todo o seu elenco, principalmente de Hoffman, como eu já falei.

Outro elemento pelo qual esse filme será lembrado, é a sua trilha sonora. Que é toda composta por Simon and Garfunkel, logo, é uma das melhores de história de Hollywood. As vezes elas combinam tanto com as cenas em que estão, que você fecha o olha e só pela música você já sabe o que ela está tentando passar.

Veredicto: Mesmo se você não é fã de comédia romântica, você tem que ver este. É um clássico, muito divertido e com excelente performance por Dustin Hoffman

Nota:4/5

Crítica: Os Cavaleiros do Apocalipse (Horsemen, 2009)

Por:Dimitri Yuri

Eu tenho que confessar que na primeira meia-hora de filme eu comecei a pensar que o ele poderia ser bonzinho, mas aí as atuações começaram a desandar, o roteiro começou a ter umas viradas muito implausíveis, e no final, o filme não foi nem um pouco impactante (o que é crucial num filme de Serial-Killer). Mas pior que isso, o filme não é só ruim, ele é doloroso de assistir, tem cara e cheiro de filme "B".

Aidan Breslin é um detetive perturbado pela morte de sua esposa, e por ter que cuidar dos seus filhos sozinho. Para esquecer de seus problemas, entra em um caso de assassinatos em série, que ele começa a perceber que estão relacionados com os quatro cavaleiros do apocalipse, da Bíblia. Mas quando ele vê relações entre os assassinos e sua vida pessoal, ele tem que descobri o que está acontecendo rapidamente. E não esperem por um grande final... pois não terão.

Suas primeiras cenas eram promissoras, e mantiveram-me na tela por 20 minutos sem reclamar, mas quando a trama começa a mudar, eu comecei a pensar que não valia a pena assistir, e uma hora depois, percebi que ele era um dos piores filmes do ano. Mas quando Ziyi Zhang começou a ser a vilã da história, o filme começou a feder, e a última gota de esperança caiu no chão. O desempenho dela é provavelmente a pior performance que eu já vi, seus esforços para soar sexy são em vão, ela fica nojentinha, parece que está lendo o texto escrito na parede, que deu até vontade de parar de ver, mas aí eu pensei, "Olha! esse filme dá uma boa crítica!" e continuei assistindo. Quaid nunca me impressionou muito, e esta não é uma exceção. Ele comete o erro inaceitável de não parece real muitas vezes, e o mínimo que eu quero de um ator por sua performance é que ela pareça e soe natural.

Não tem muito o que falar da direção, ela não deixa você com muitas espectativas sobre o final do filme (mas provavelmente por causa do péssimo roteiro). Mas o principal é que logo no início você já percebe que é um filme "B", então já por aí você não espera nada do resto, mas ao invés de te impressionar (o que é facil, considerando que suas espectativas estão tão baixas), ele te decepciona. Uma vergonha.

O roteiro deve ser o elemento mais comprometido do filme, pois seus diálogos são de dar risadas, extremamente artificiais, e "sem sal" nenhum. As viradas da histórias na maior parte, são vistas à quilômetros de distância, mas se as vezes surpreêndem, é exatamente pelo fato de serem tão idiotas, que você você nunca imagina que eles botariam um negócio desse num filme. Me espanta saber que os caras ganham rios de dinheiro para fazem esse lixo.

Veredicto: Este não é o filme que vale a pena assistir porque é muito ruim, pois dói e insulta a sua inteligência, e por não vê-lo, você vai ter a vantagem de não ter o desempenho de Ziyi Zhang na sua mente. Portanto se você quiser ver um filme de Serial-Killer, veja "O Silêncio dos Inocentes" ou "Se7en", mesmo que seja pela segunda vez.

Nota:1/5

Crítica: Ratatouille (2007)

Por:Dimitri Yuri

Este aqui não é diferente de nenhum outro filme da Pixar (com a exceção da trilogia "Toy Story" que está um patamar acima). Ele é muito bem dirigido, escrito com muita criatividade, e tem aquele toque de brilhantismo. Fica melhor ainda com excelentes vozes que se encaixam perfeitamente no personagens.

Remi (Oswalt) é um ratinho do interior de Paris (embora não saiba em que cidade está), que ama cozinhar, seu ídolo Gusteau (Garret), escreveu um livro que Remi lê e aprende tudo. Por uma série de razões, ele acaba parando no centro da metrópole, e perto do restaurante Gusteau (que ele descobre já ter morrido. Enquanto observa o funcionamento do restaurante, percebe que o lixeiro novato, Linguini (Lou Romano) está estragando uma sopa adicionando ingredientes que não combinam com a receita. Então Remi, escondido, conserta a sopa, que vira um sucesso entre os clientes. Remi e Linguini fazem uma parceria de sucesso, mas Skinner (Holm), o atual chefe do restaurante, vai fazer de tudo para impedi-los, pois está com inveja de seu sucesso.

O elenco de vozes, como todos esperávamos, é maravilhoso, especialmente Peter O'Toole como Anton Ego (o melhor personagem do filme), que dá ao seu personagem uma autenticidade que difere de todos os outros já criados pela Pixar, a voz dele é penetrante e hiponotizadora, dá aquele toque sombrio necessário para o o temido crítico. Patton Oswalt é muito divertido, fazendo seu personagem confuso sobre o que diz e o que faz (perfeitamente aceitável para um ratinho que nunca foi para a cidade). Ian Holm, que é um excelente ator, também brilha aqui, roubando a cena sempre que aparece.

Como é comum nos novos filmes animados, as cenas de ação impressionam por seu nível de detalhe e ângulos de câmera excelentes. Nesse filme não é diferente, as cenas parecem que foram filmadas por uma grande diretor (o quê Brad Bird provavelmente é), alternam também com momentos humorados (como quando Skinner puxa o pano da mesa do casal no barco). E colocar um ser tão pequeno (Remi) numa cena corrida junto com humanos que são dez vezes maiores, exigem muita cautela por parte da direção.

A história também á muito bem trabalhada, te motiva, emociona e diverte. Possúi momentos emocionantes com diálogos dignos de um grande filme, como o discurso final de Ego (que me ajudou a descobrir o verdadeiro trabalho de um crítico). Mas tem algumas falhas. A pior delas, é que, em nenhum momento, eles explicam porque quando Remi puxa o cabelo de Linguini ele se move (se você tentar fazer isso, não acontece nada), e mesmo que as pessoas falem que não tem problema pois é um mundo mágico, simplesmente parece que eles estão forçando a barra (igual à "UP", quando os cachorros começam a pilotar mini-aviões), você acabado saindo um pouco do filme, e demora um pouco para ele te puxar de novo.

Veredicto: É Pixar!

Nota:4/5